Por 9 votos a 0, a Corte negou o pedido de anulação do jogo feito pelo clube alvinegro, que perdeu a partida por “pênalti duvidoso” marcado pelo VAR. É considerada vitória do Palmeiras.
Na última terça-feira (18), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou o pedido de anulação do jogo que ocorreu entre Palmeiras e Botafogo, no Estádio do Mané Garrincha, em Brasília, em 25 de maio. A partida pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro terminou 1×0 para o Palmeiras, após a marcação de um pênalti pelo VAR (árbitro de vídeo) sobre Deyverson.
Por 9 votos a 0, o STJD negou o pedido de anulação do jogo feito pelo clube alvinegro. Com isso, o Palmeiras segue liderando a tabela agora com 25 pontos oficiais.
O pedido de anulação do jogo entre Palmeiras e Botafogo foi feito devido ao entendimento, por parte do time alvinegro, de que o árbitro, Paulo Roberto Alves, reiniciou a partida antes da revisão do lance que acarretou um pênalti para o Palmeiras, que marcou gol e ganhou a partida.
No entanto, após ouvir os áudios e analisar os vídeos da partida, e as imagens em várias angulações, além de ouvir também o próprio árbitro sobre o acontecimento em campo, a Corte manteve a vitória do Palmeiras, negando assim o pedido de impugnação feito pelo time do Botafogo.
O árbitro de vídeo chegou a argumentar sobre o ocorrido na partida em sessão do STJD: “Pelos poderes e deveres que a regra permite ao árbitro, toda situação de cartão amarelo e vermelho, a regra diz que é obrigatório usar o apito para reiniciar o jogo. O Botafogo cobra rápido, mas era uma situação de cartão amarelo. Não tinha autorizado com o apito. Já paraliso a cobrança porque, pela regra, não tinha usado. Aquela sinalização é que toda simulação é tiro livre indireto. Uma cobrança que deveria ser cobrada em dois lances”.
De acordo com os advogados da equipe do Botafogo, a quebra de protocolo interferiu no resultado do jogo e, desse modo, a anulação seria necessária.
Já para o relator do caso, Décio Neuhaus, seria um retrocesso ignorar as provas de imagens e áudio, haja vista que não houve nenhum fato relevante nos 3,8 segundos do reinício da partida.
“Foi um erro de protocolo não capaz de impactar na decisão (da arbitragem). O erro faz uma correção no jogo. Entendo que foi correta atuação do juiz e do VAR. Não entendo que houve um erro de direito. Não queremos dar carta branca a atletas. Se souberem que iniciar partida gerará erro de direito, vão querer cobrar rapidamente. O justo foi a atuação correta da arbitragem e do VAR [..] Prevalece o resultado de campo e a correta marcação orientada pelo árbitro de vídeo”, explicou.
A decisão foi feita em acordo com todos os participantes do julgamento na última terça-feira. Com essa decisão, o time Verdão vai para a pausa da Copa América com 25 pontos oficiais na série A, mantendo a liderança do Campeonato Brasileiro de futebol masculino.
O próximo jogo oficial do Palmeiras acontecerá no dia 10 de julho, iniciando as quartas-de-final da Copa do Brasil. Já o Botafogo entra em campo contra o time mineiro Cruzeiro, no dia 14 de julho, disputando a série A do Brasileirão.