Você já parou para observar que nos clubes de futebol do Brasil a camisa 24 é quase uma lenda? Talvez este seja um fato que ainda não tenha chamado à sua atenção, no entanto esta ausência acontece por uma razão.
O que parece é que utilizar este número no uniforme é uma prática ilegal para os jogadores que atuam no futebol brasileiro. Uma prova disso é que, dos 128 times que disputam o Campeonato Brasileiro, apenas um possui um jogador no elenco com a camisa 24.
Se você ainda não sabia a respeito deste curioso fato, hoje nós queremos explicar o porquê deste aspecto nos gramados do Brasil. Além disso, conheça qual é o único time em que um jogador faz o uso dessa numeração.
Camisa 24 é quase proibida no esporte
Nas últimas edições do Brasileirão, o torneio passou a contar com 20 equipes na série A, a elite do campeonato. Mas, de todos esses elenco, apenas em um é possível encontrar a camisa 24: o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. O sorteado para ser dono da numeração é Brenno Fraga.
O que pouca gente sabe é que, em um âmbito geral, utilizar este identificador é quase uma proibição para os jogadores. A única maneira que existe para justificar esta característica é uma bem antiga e que você provavelmente já deve saber qual é.
É muito comum encontrar por aí alguém atribuindo ao número 24 uma conotação de homossexualidade, mas o que poucos sabem é que existe uma justificativa real para isso. Em um jogo popular, o chamado “Jogo do Bicho”, existe uma quadra destinada ao animal veado: a 24ª. Por essa razão, o numeral começou a ser atribuído aos homossexuais.
Nada de errado para o jogador
O portal iG Esporte resolveu trocar uma ideia com o goleiro gremista para saber mais a respeito de sua história com o número em sua camiseta. Em uma das falas do atleta, ele afirmou que não foi uma escolha jogar com a 24. Na verdade, para ele isso não é algo relevante.
“Não foi uma escolha minha de ter esse número, mas também não chegaram em mim e falaram para eu usar. Não vejo problema nenhum, não tenho esse pensamento. O importante é ir para os jogos e ajudar a equipe”
Brenno ainda comenta que nunca teve problemas com brincadeiras ou piadas sobre a numeração do uniforme.”Nunca. Pelo menos diretamente para mim, não. Nem jogador e nem torcedor, de ninguém”.
O jogador ainda fez questão de expressar o seu carinho pelo uniforme que veste, ainda que o 24 não seja visto com bons olhos por muitas pessoas. Afinal, a sua história pelo tricolor começou usando esta numeração.
“Foi o meu número de estreia (no Campeonato Gaúcho deste ano). Estreei em um Gre-Nal, então vai ficar marcado na minha vida como uma coisa boa. Por isso não vejo problema nenhum, é super tranquilo, não tem mistério”.
Em alguns torneios, o 24 é obrigatório
Mesmo que o Brasil tenha este traço cultural de não utilizar o número no dia a dia, as competições realizadas na América do Sul exigem a presença da camisa 24. Afinal, a inscrição dos jogadores precisa acontecer de forma sequencial, indo do 1 até o 30.
No entanto, quando os times vão para esses torneios, geralmente um jogador reserva é escolhido para utilizar o número na trajetória. Este é o caso do goleiro Daniel, que defende o Internacional. O jogador foi o terceiro goleiro reserva na edição da Libertadores deste ano.